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Qual é a visão da psicologia sobre os tipos de relacionamento?

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Qual é a visão da psicologia sobre os tipos de relacionamento?

Encontrar um grande amor já é um desafio e tanto nos dias de hoje, mas manter a chama acesa também não é tarefa das mais simples: nutrir a relação requer dedicação, paciência e respeito. Os melhores tipos de relacionamento que existem são aqueles que têm essa base sólida.

IBGE revela que os casamentos aqui no Brasil estão durando menos nos últimos tempos — uma média de 14 anos. Diante disso, é hora de parar para pensar se estamos mesmo fazendo tudo o que é possível para manter a relação saudável e interessante.

A boa notícia é que a Psicologia pode ajudar você a entender melhor como se relacionar amorosamente. Eu criei este artigo justamente para apresentar a visão dela sobre os tipos de relacionamento, com foco na Terapia Cognitiva Comportamental (TCC).

Nas próximas linhas, vou apontar as características de cada um deles e dar algumas dicas de como manter e, até mesmo, salvar um relacionamento. Siga com a leitura e fique por dentro de tudo!

Quais são os tipos de relacionamento?

Uma teoria desenvolvida por Robert Sternberg, pesquisador da Universidade de Wyoming (EUA), destaca que o amor tem três dimensões principais:

  • intimidade — composta de proximidade, conexão e vínculo;
  • paixão — formada por romance, atração e sexualidade;
  • compromisso — que é, basicamente, a decisão de continuar no relacionamento.

A partir desse “triângulo amoroso”, são definidos os conceitos para os principais tipos de relacionamento. Confira, a seguir, como eles se caracterizam.

Consumado

Esse tipo de relacionamento é fortemente estabelecido nas três dimensões principais que citei anteriormente. Aqui, falo de uma relação íntima, com forte vínculo do casal, que também é apaixonado e atraído um pelo outro. O compromisso entre ambos é, igualmente, bastante sólido.

Apaixonado

No triângulo de Sternberg, esse tipo de relacionamento tem uma pontuação muito alta no aspecto da paixão. O casal é bem romântico e tem grande química sexual, em função da atração intensa que um sente pelo outro. No entanto, geralmente não há um laço tão forte nos quesitos intimidade e compromisso.

Fátuo

Esse é um tipo de relacionamento muito forte tanto no item “paixão” quanto em “compromisso”. Ambos gostam muito um do outro e estão convencidos a permanecerem na relação, mas a intimidade (vínculo um com o outro) não é tão bem estabelecida.

Vazio

É uma relação em que as duas pessoas estão comprometidas a ficarem juntas, mas a paixão e o vínculo de uma com a outra já não são tão firmes. Isso ocorre em muitos casais que seguem juntos por conveniência, por exemplo, ou em relações mais antigas, que apresentam certa resistência cultural ou religiosa no quesito separação.

Amor companheiro

Esse tipo de relacionamento ocorre quando o casal tem mais uma relação de amizade do que, propriamente, romântica. Ela conta com altos níveis de comprometimento e intimidade, mas não atinge o mesmo patamar quando se fala em química e paixão.

Amor romântico

É parecido com o relacionamento apaixonado, no entanto, a diferença é o vigor no que se refere à intimidade. Isso significa que a relação ultrapassa a paixão e o vínculo entre o casal é muito consistente.

Amizade

Similar ao amor companheiro, porém, não é tão sólido do ponto de vista do comprometimento. É realmente uma relação íntima, mas sem paixão ou exclusividade — diferente de um namoro ou casamento, a amizade permite ter diversas pessoas com essa característica nas nossas vidas.

Existe relacionamento ideal?

Sabe-se que toda relação demanda trabalho e esforço por parte dos envolvidos. É dessa forma que se pode buscar alternativas para melhorar um relacionamento. Portanto, no que diz respeito aos assuntos do coração, é difícil chegar a uma conclusão definitiva sobre o que é ideal.

O que posso dizer é que, sim, a psicologia pode ajudar a entender os sentimentos e ensinar a lidar com eles. Dessa maneira, consegue proporcionar aos casais mais conhecimento mútuo, o que reflete em sua qualidade de vida tanto individual quanto compartilhada.

O triângulo de Sternberg e as definições dos tipos de relacionamento são um guia que orienta as pessoas a entenderem em que ponto seu namoro ou casamento está, no que a relação poderia ser mais forte e, a partir daí, trabalhar para alcançar a realização plena.

Como a Terapia Cognitiva Comportamental pode ajudar?

A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma das ferramentas da psicologia que ajudam a encontrar o equilíbrio do relacionamento saudável. Inclusive, a terapia pode ser realizada em parceria pelo casal, a partir de conversas com o terapeuta.

A base da TCC é a integração das emoções, pensamentos e comportamentos. Logo, o processo permite que a pessoa — ou o casal — entenda como o que ela pensa ou sente influencia diretamente na maneira que se comporta.

O teórico Aaron Beck é um dos maiores responsáveis por essa abordagem e ressaltou as distorções cognitivas, ou pensamentos disfuncionais, que nada mais são do que nossas dificuldades emocionais ou transtornos psicológicos. Logo, a terapia ajuda a identificar quais situações e pensamentos estão sofrendo distorções ao processar dados da realidade em congruência com as crenças, não com a realidade em si, distorcendo a percepção dos fatos em um relacionamento, por exemplo.

Ao entender a dinâmica da relação, as percepções e as necessidades de cada um, é possível criar um programa terapêutico moldado exclusivamente na situação apresentada pelas duas pessoas.

Idealmente, são realizadas sessões tanto com uma das partes quanto com o casal. No decorrer dos encontros, os resultados começam a ser percebidos. Afinal, o primeiro passo é detectar as causas de determinados comportamentos para, então, ir em busca da correção.

Além do mais, a TCC traz algumas vantagens na melhoria dos relacionamentos. Veja as principais a seguir.

Trata o problema na origem

O psicólogo que trabalha com essa abordagem atua como um detetive, que busca investigar as causas do problema. Isso quer dizer que a terapia vai ajudar a encontrar a raiz dos impasses que afetam os diferentes tipos de relacionamentos.

Geralmente, são analisados os traumas passados, o histórico familiar e demais aspectos da vida individual. Essas informações auxiliam a encontrar o que motivou a pessoa a agir, pensar ou se sentir de determinada maneira em relação ao outro, por exemplo.

É indicada desde problemas simples a distúrbios graves

A Terapia Cognitiva Comportamental é uma abordagem aplicável nas mais diversas situações e tipos de relacionamentos. Para se ter uma ideia, ela é usada em tratamentos de depressão, Transtornos Alimentares, Transtorno de Pânico, abuso de substâncias e até mesmo problemas pontuais de estresse, traumas, fobias ou dificuldades de relação interpessoal.

Como ela ajuda a encontrar a origem dos problemas, a pessoa pode trabalhar de forma objetiva na modificação do seu raciocínio e comportamento em relação ao assunto.

Foca em soluções

Aliás, é justamente o foco na transformação de crenças centrais e desses pensamentos limitantes e paralisantes que a TCC é voltada para a descoberta de soluções. O maior objetivo é promover a reestruturação daquelas cognições disfuncionais, que mencionei agora há pouco.

Nesse sentido, o casal pode aprimorar ou desenvolver habilidades que auxiliam a diminuir os seus conflitos ou impasses no relacionamento. A compreensão do que está distorcido é o que guia o encontro da melhor solução para cada caso.

Como resgatar um relacionamento?

Mesmo uma relação que parece desgastada e destinada a terminar pode passar por um processo de resgate. A recomendação é que se busque a TCC para chegar aos melhores resultados.

Isso porque ela faz a mediação e administração de conflitos, com foco em prevenção e resolução, além de trabalhar as dificuldades de comunicação e promover o equilíbrio das diferenças individuais dentro de cada um dos tipos de relacionamentos.

Além disso, a abordagem facilita uma divisão equilibrada do casal no que diz respeito às responsabilidades afetivas, o que proporciona a compreensão das suas necessidades até mesmo individuais. Ainda assim, separei algumas dicas que podem ajudar. Acompanhe!

Respeite os desejos do seu parceiro

De forma geral, o primeiro passo para um relacionamento bem-sucedido é entender e respeitar o que seu parceiro quer, tanto na relação quanto na vida. Isso não significa ceder a todas as vontades dele. Trata-se de compreender que cada qual tem necessidades e desejos próprios.

Aprenda a ceder

Naturalmente, é essencial seguir firme diante de algumas questões. Ninguém precisa deixar de ser quem é para ter um relacionamento saudável. No entanto, aprender a ceder em determinadas situações é uma premissa básica para manter a chama do amor acesa.

Uma dica: tenha outras paixões além da relação e saiba dar o espaço para que seu parceiro também cultive outros interesses, como prática de esportes, artes, música e por aí vai.

Estabeleça limites

Você já captou que é preciso respeitar os desejos do parceiro e aprender a ceder, correto? Por outro lado, também é fundamental estabelecer limites em certos aspectos. Por exemplo, não tolerar xingamentos, traições, falta de atenção e carinho.

Uma boa conversa — se necessário, acompanhada por um profissional durante uma sessão de terapia — é o primeiro passo ao corrigir comportamentos inadequados.

Neste artigo, procurei descrever os principais tipos de relacionamentos a partir da visão da psicologia. Minha dica final é que a Terapia Cognitiva Comportamental seja considerada na busca por uma relação melhor. Ao entender a forma como o outro pensa, quais são seus conceitos e sua visão de mundo, fica mais simples alcançar a felicidade enquanto casal.

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