Angústia na pandemia: até quando é normal?
“Nunca imaginamos viver uma situação como esta”. Quantas vezes você já ouviu frases semelhantes a essa desde que o surto de Covid-19 tomou proporções globais? De fato, os mais de 100 anos e o avanço da medicina que nos separam da última pandemia nos deram a impressão de que não estaríamos mais suscetíveis a vírus e bactérias.
Mas aconteceu, e todos estamos experienciando sentimentos comuns de incerteza e aflição. Porém, algumas pessoas têm sentido um impacto mais forte das adversidades do momento, questionando-se até quando é normal ter angústia na pandemia.
Por isso, resolvi abordar esse assunto aqui no blog. Continue comigo e veja o que fazer para aliviar esse desconforto e manter a saúde mental em dia. Boa leitura!
Até que ponto é normal sentir angústia na pandemia?
A Psicologia explica que é normal nos sentirmos aflitos frente a situações incertas, sobre as quais não temos muito controle. Uma mudança repentina e não planejada já é um fator estressante por si só. Afinal, precisamos sair da nossa zona de conforto para nos adaptarmos às novas circunstâncias.
Diante de cenários como o que estamos atravessando, em que diversas áreas da nossa vida são afetadas em decorrência da crise sanitária, é ainda mais comum que sentimentos como angústia, ansiedade, medo e tristeza se manifestem com mais frequência e intensidade. Então, ninguém precisa carregar culpa por se sentir assim.
Porém, é necessário conhecer a si para reconhecer quando essas emoções estão afetando o seu dia a dia. Se você se sentir incapaz de realizar suas tarefas diárias por conta do seu estado psicológico, é um indicativo de que está na hora de encontrar meios para retomar a estabilidade emocional.
Quais são os sinais de alerta?
Como disse há pouco, é normal sentir angústia diante de situações adversas, que coloquem em xeque todo o nosso poder de resiliência. Contudo, preste atenção se você tem experienciado estes sintomas com muita frequência:
- tristeza;
- nervosismo;
- angústia;
- dificuldade de concentração;
- irritabilidade;
- falta de ar;
- sofrimento por antecipação;
- tristeza profunda sem explicação;
- sono em excesso;
- falta de esperança e motivação;
- culpa;
- dores físicas sem explicação;
- ganho ou perda de peso;
- baixa autoestima seguida de sentimentos de inutilidade.
Caso você tenha se identificado com a maioria deles, é preciso averiguar se a ansiedade e a depressão estão andando juntas, ok?
O que fazer para lidar com esses sentimentos?
Mesmo que seja normal sentir angústia na pandemia, é essencial adotar bons hábitos durante este período para manter a saúde mental e a funcionalidade no cotidiano. Estabelecer uma rotina (mesmo que flexível), definindo prioridades, ajuda a colocar a mente em ordem e a mantermos sob controle aquilo que está ao nosso alcance.
Fazer exercícios físicos, alimentar-se e dormir bem também são atitudes que favorecem o bom funcionamento do nosso organismo, o que ajuda — e muito — a dosar as nossas emoções. Atividades prazerosas e que aquietam a mente, como a meditação, a jardinagem, a pintura e outros trabalhos manuais são boas estratégias para manter a saúde mental.
Entretanto, carregar os sentimentos angustiantes sozinho pode dificultar ainda mais a vivência da pandemia. E você não precisa sentir vergonha nem receio de procurar auxílio profissional.
A psicoterapia não é tratamento para “gente louca” — é para todas as pessoas que desejam viver melhor consigo, aprendendo a lidar com seus próprios sentimentos.
Em especial com a Terapia Cognitiva Comportamental, à medida que você reestrutura a sua interpretação acerca dos eventos da vida, a angústia na pandemia tende a amenizar. Isso porque essa linha aborda mais o presente do que o passado do paciente.
Precisa de ajuda para lidar com tudo o que está acontecendo na sua vida? Entre em contato para que eu possa te auxiliar!
Deixe um comentário