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Quais são os sintomas do Transtorno de Pânico e como identificá-los?

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Quais são os sintomas do Transtorno de Pânico e como identificá-los?

Você já se sentiu mal, mas não conseguiu identificar exatamente o que estava acontecendo? Essa é uma realidade comum em distúrbios emocionais, principalmente os ligados à ansiedade — como o Transtorno do Pânico.

Apesar de ser ainda pouco compreendido pela sociedade, esse problema afeta praticamente 4% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, são 6 milhões de pessoas que sofrem com essa síndrome.

O Transtorno do Pânico é classificado pela OMS (CID 10) como um dos Transtornos Fóbicos-Ansiosos. Os sintomas físicos podem até mesmo ser confundidos com condições delicadas de saúde, como um ataque cardíaco ou infarto, sabia?

Ter conhecimento sobre o assunto e receber o tratamento adequado é fundamental para evitar esse tipo de confusão mental. Por isso, resolvi explicar melhor quais são os sintomas do Transtorno do Pânico e como ele pode ser identificado e tratado. Acompanhe!

Ansiedade e Transtorno do Pânico são a mesma coisa?

Apesar de serem, muitas vezes, tratados como sinônimos, eles não são. Uma das primeiras informações que você precisa ter sobre essa diferenciação é que a ansiedade não é, necessariamente, uma emoção negativa.

Esse sentimento tem sua função na vida humana e atua, entre outros aspectos, no nosso senso de proteção e responsabilidade. É ele que nos faz estudar mais para uma prova por medo de um resultado ruim, por exemplo.

Mesmo tendo seu lado positivo, no entanto, a ansiedade pode virar um problema quando está em níveis exagerados. O transtorno acontece quando essa sensação é disfuncional, ou seja, prejudica a rotina pessoal e profissional, bem como o convívio social.

Nesse caso, o sentimento intenso de ansiedade traz efeitos nocivos e até paralisa a pessoa diante de situações desafiadoras — como a prova que acabei de usar de exemplo, ou o primeiro dia no novo emprego.

Geralmente, o exagero pode ser percebido pela ocorrência de sintomas físicos — como falta de ar, enjoo, palpitação e sudorese. Eles configuram as chamadas crises de ansiedade e costumam surgir em situações específicas, como ao se apresentar e falar em público.

O Transtorno do Pânico, por sua vez, é caracterizado por reações muito fortes de ansiedade. E as crises de pânico não acontecem apenas diante de situações específicas — é possível vivenciar um ataque de pânico até mesmo em momentos de tranquilidade e descanso.

Resumindo, o Transtorno do Pânico é, como falei lá no início, um dos tipos de Transtorno de Ansiedade, mas com um quadro clínico bem mais intenso e bastante particular. Logo, são duas condições relacionadas, mas que não devem ser tratadas como sinônimas.

Quais são os sintomas do Transtorno de Pânico?

É essencial entender exatamente o contexto de cada paciente, de modo que seja possível ajudar essa pessoa de maneira efetiva. Portanto, atentar para os sinais da crise é a principal forma de identificar o Transtorno de Pânico.

Como ele apresenta sintomas bem fortes de ansiedade, pode, em muitos casos, ser confundido com um ataque cardíaco ou outras questões de saúde. Confira alguns indicativos do ataque de pânico:

  • dor no peito ou tórax;
  • palpitação cardíaca;
  • náuseas;
  • desconforto abdominal;
  • sudorese;
  • tremores;
  • falta de ar, sufocamento ou asfixia, como se a garganta estivesse fechando;
  • tontura;
  • dormência ou formigamento;
  • sensação de distanciamento da realidade e de si mesmo;
  • medo intenso;
  • calafrios ou ondas de calor;
  • desmaios;
  • receio de perder o controle, enlouquecer ou morrer.

Em relação aos sintomas do Transtorno do Pânico, vale destacar que eles ainda podem ser divididos em dois grupos: psicológicos e físicos. O medo de morrer, a angústia e a própria ansiedade, por exemplo, são psicológicos. Porém, vêm de um jeito tão intenso que refletem no organismo de maneira que surjam os sintomas físicos.

Além de conhecer e identificar esses sintomas, é importante lembrar que o ataque de pânico pode acontecer em qualquer período do dia, sem estar necessariamente relacionado a um momento de nervosismo aparente.

Normalmente, a crise dura entre 10 a 20 minutos, dependendo da intensidade. Entretanto, alguns sintomas podem permanecer por mais tempo, até mesmo por horas. E, pela magnitude desses indícios físicos, é comum que o Transtorno do Pânico demore um pouco para ser diagnosticado.

Isso acontece porque, em geral, é feita toda uma investigação de doenças físicas — relacionadas ao coração, ao sistema respiratório ou à tireoide, por exemplo. Descartar essas causas e receber o diagnóstico correto é essencial para controlar o problema.

O que causa o Transtorno do Pânico?

Assim como as demais condições psicológicas, não é possível apontar uma causa única ao problema. A hipótese científica atual é que uma combinação de elementos genéticos, pessoais e sociais pode estar por trás dos ataques de pânico.

Os conhecimentos científicos desenvolvidos até o momento apontam que as mulheres são mais suscetíveis a ter sintomas do Transtorno do Pânico. Seu desenvolvimento ainda é mais comum na juventude — antes dos 45 anos.

Além disso, os fatores de risco estão associados à vivência de traumas ou estresse intenso. Nesse sentido, os ataques podem iniciar depois de experiências extremas, como acidentes, mudanças radicais na vida ou a morte de uma pessoa próxima.

Entretanto, um acontecimento traumático não deve ser considerado o único responsável pelo Transtorno do Pânico. Como não existem muitas certezas sobre o que causa esse problema, o diagnóstico é focado na análise dos sintomas e dos episódios de crise.

Quais são as consequências?

Os sintomas do Transtorno do Pânico não afetam uma pessoa somente durante os períodos de crise pontual. Pelo medo de acontecer novamente, ela desenvolve outros distúrbios, sobretudo relacionados à determinada atividade que pode ter desencadeado um ataque.

Para exemplificar, imaginemos um indivíduo que sofreu um acidente de carro e perdeu um familiar. Ele pode ter uma crise de pânico ao ter que entrar em um veículo novamente ou realizar o mesmo trajeto que levou ao local do ocorrido.

São inúmeras situações que servem como gatilhos e, ao identificar essa possível relação, a pessoa adota uma rotina restrita. Há casos em que a pessoa se afasta do emprego, troca de carreira ou desenvolva uma dificuldade preocupante de manter relacionamentos.

Quem não procura ajuda ao sofrer os sintomas do Transtorno do Pânico, sobretudo com certa frequência, também pode desenvolver:

  • fobias diversas, como Agorafobia;
  • Síndrome da Cabana;
  • perda de produtividade;
  • dificuldade com relações interpessoais;
  • depressão;
  • alcoolismo e abuso de drogas;
  • problemas financeiros;
  • autossabotagem;
  • suicídio.

Como tratar o Transtorno de Pânico?

Depois de conhecer quais são os principais sintomas do Transtorno do Pânico e saber as suas consequências, vamos conversar um pouco sobre o tratamento? Afinal, nunca é indicado passar por esse problema sem buscar ajuda profissional.

Afinal de contas, os sintomas causam inúmeros incômodos e podem aumentar em frequência e intensidade se não receberem atenção adequada. Agora, quando tratados adequadamente, podem ser amenizados e até mesmo superados!

Acompanhamento profissional

Os profissionais mais indicados para acompanhar essa condição são os de Psiquiatria e Psicologia. O primeiro é um médico especializado em saúde mental, que oferece um diagnóstico adequado e indica tratamento com medicação, quando necessário.

Já o psicólogo acompanha o paciente por meio das intervenções de psicoterapia. É o que eu faço, por exemplo, com os meus pacientes durantes as nossas sessões de Terapia Cognitiva Comportamental (TCC).

Terapia Cognitiva Comportamental

A terapia é indispensável para que a pessoa compreenda seu problema e consiga agir, controlando a situação. É que, embora os remédios possam ser essenciais em muitos casos, o tratamento não deve se limitar a isso.

É importante lembrar que a medicação receitada pelo médico psiquiatra interfere apenas no sintoma e não nas possíveis causas e consequências ligadas ao transtorno. Daí a importância do psicólogo, que ajuda a resolver o problema na raiz.

Particularmente, a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma abordagem da Psicologia que apresenta ótimos resultados em casos de sintomas do Transtorno do Pânico. Por ser uma terapia objetiva e diretiva, ela possibilita que o paciente desenvolva estratégias a fim de lidar com os sintomas e superar as crises de pânico.

As contribuições da TCC levam o paciente a entender melhor o transtorno e identificar as sensações e os pensamentos disfuncionais presentes na crise. Além disso, a psicoterapia proporciona que ele aprenda a confrontar o medo e controlar os sintomas — a partir, por exemplo, de técnicas de relaxamento.

O diagnóstico é feito por meio da avaliação psicológica, mas, em alguns casos, é interessante complementar a investigação com exames e análises físicos. Assim, pode-se descartar a possibilidade de outras doenças, como as cardíacas.

O que pode ser feito para prevenir o problema?

Melhor que procurar ajuda para remediar, é prevenir a possível ocorrência de uma crise de pânico, concorda? Se você acha que pode desenvolver o transtorno, vale adotar algumas atitudes no dia a dia que ajudam a reduzir a ansiedade e preservar sua saúde física e mental.

O acompanhamento profissional é sempre indicado, mas algumas condições auxiliam na prevenção a ataques, como a prática de atividades físicas e uma alimentação equilibrada e regular — sem excessos no café, por ser um estimulante, por exemplo, ou na bebida alcoólica.

Também dá para tentar relaxar usando técnicas de respiração simples, além de meditação. Outro caminho é a adoção de pensamentos mais positivos e a preferência pela companhia de amigos e familiares que ajudam você a se conectar com o seu melhor.

A duração do tratamento para esse transtorno depende da intensidade das crises e da evolução de cada paciente. O importante, como falei, é saber identificar quais são os sintomas do Transtorno do Pânico e buscar ajuda profissional quanto antes. Dessa maneira, é possível conseguir bons resultados e restabelecer uma vida de bem-estar e plenitude.

Ajudei você a entender um pouco mais sobre sua saúde mental? Caso tenham ficado dúvidas a respeito do Transtorno do Pânico ou qualquer outra condição, saiba que pode entrar em contato comigo. Estou aqui para ajudar!

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