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Crise existencial: saiba o que é e como lidar

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Crise existencial: saiba o que é e como lidar

Os momentos de crise existencial são sempre temidos pelos pacientes. Ao entrar em contato com aquilo que traz instabilidade e insegurança, tendemos a nos afastar e recorrer aos mecanismos de ansiedade para tentar amenizar a sensação de vazio que surge nesses momentos de incerteza. O fato é que isso coloca em risco a nossa qualidade de vida.

Acontece que essa ação ocorre sem que tenhamos consciência, não é verdade? Afinal, simplesmente sentimos a ansiedade e a insegurança. Muitas vezes nem sabemos o que originou essas sensações e quiçá se ela pode ser mesmo chamada de crise existencial.

Se você ainda não sabe como identificar esses momentos de instabilidade e frustração, não se preocupe! Preparei este artigo com as principais informações sobre a crise para você investir no seu autoconhecimento e aprender a lidar com essas etapas difíceis da vida. Acompanhe!

Quais são os sinais da crise existencial?

A crise existencial nada mais é do que a perda momentânea do seu propósito de vida e, portanto, da sua motivação intrínseca. É por isso que ela muitas vezes traz a sensação de insegurança e instabilidade, já que diminui a nossa determinação em relação a realizar as funções pessoais e profissionais, ao mesmo tempo que faz você se sentir sozinho e sem rumo.

Não é nenhum mistério que esses momentos aumentam a ansiedade, concorda? Afinal, ao se deparar com a falta de foco e a baixa energia para realizar qualquer ação, os níveis de estresse e ansiedade tendem a aumentar. Então, será que existem outros sinais que apontam uma possível crise?

Se você acredita que a resposta é positiva, acertou em cheio! Além da ansiedade — que falarei a seguir —, o isolamento, o pessimismo, o desânimo e o sentimento de desamparo são sinais comuns que podem indicar o surgimento da crise. No entanto, é fundamental ter em mente que esses fatores não são determinantes, ok?

Em outras palavras, somente um profissional qualificado poderá realmente verificar que os sintomas apresentados são realmente indicadores da crise existencial ou se são frutos de outras dificuldades que você vem enfrentando.

Ansiedade e exaustão mental

Não há como negar: a ansiedade e a exaustão mental andam de mãos dadas com a crise existencial. Isso acontece porque é muito difícil quebrar o fluxo de pensamentos quando você perde a sua motivação em relação à profissão ou até mesmo aos relacionamentos pessoais. Dessa maneira, eles tomam conta de todos os sistemas neuronais e passam a impactar na sua saúde física.

Assim, os sintomas da ansiedade aparecem rapidamente: insônia, mãos suadas, coração apertado e acelerado, preocupações excessivas e normalmente exageradas em comparação com a realidade e, por fim, a sensação de perder o controle de todas as situações.

Com essa realidade constante, não é difícil chegar à exaustão mental. Afinal, precisamos de muita energia psíquica e física para manter o fluxo de pensamento constante. Assim, é possível entrar em um ciclo de cansaço que, quando não trabalhado, pode piorar a sua qualidade de vida.

Vontade de manter a distância das outras pessoas

O isolamento é outro fator que sinaliza a crise e ocorre muitas vezes em função da ansiedade. Eu explico: quando você mantém um alto fluxo de pensamentos, que na maioria das vezes suscitam a sensação de incapacidade, fragilidade e insegurança, toda a sua energia psíquica é utilizada para resolver esses problemas internamente.

Consequentemente, não sobra energia para interação com as outras pessoas, concorda? Portanto, o isolamento é um movimento natural dos momentos de crise: precisamos desse momento de introspecção para tentar assimilar tudo o que está acontecendo e manejar a situação, nem que seja o mínimo possível.

Pessimismo e desânimo

O pessimismo e o desânimo não deixam de ser uma representação mental e comportamental da insatisfação, e nada mais justo do que esses dois fatores aparecerem na crise. Isso porque esses momentos evidenciam a preocupação e os questionamentos em relação à sua vida, indicando que algo precisa ser transformado.

Dessa maneira, o primeiro movimento que alguém nesse período realiza é desenvolver uma visão negativa e pessimista em relação à sua realidade. Assim, em pouco tempo ele se sente desanimado para tomar qualquer atitude que provoque uma mudança concreta.

Existe um diagnóstico?

A crise existencial por si só não é uma doença e, então, não pode ser diagnosticada. Quando sentimos uma imensa frustração e ansiedade em relação ao futuro, percebemos diversas mudanças nos nossos padrões comportamentais, cognitivos e emocionais. Por isso, muitas vezes associamos essas experiências a momentos de ansiedade, depressão e profunda angústia.

É justamente esse processo de associação que pode criar a ideia de que a crise existencial é uma patologia, já que traz um grande desconforto e eleva o seu nível de sofrimento no dia a dia. No entanto, os sintomas que impactam no seu cotidiano são frutos de uma série de emoções que não foram bem trabalhadas anteriormente e surgem na forma da crise existencial.

Você deve estar se perguntando: então, como é possível investir em um tratamento contra isso? A resposta é muito simples: não existe um tratamento. Há um processo de autoconhecimento que oferece ferramentas psicológicas para você lidar com essas experiências de uma maneira saudável para facilitar a vivência desse processo. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio da psicoterapia.

Como a psicoterapia pode auxiliar nesse caso?

Na psicologia existe um conceito de crescimento em espiral: aqui, a nossa história de vida não é contada por meio de uma linha reta, mas sim espiralada que inicia no momento do nosso nascimento. Assim, cada situação que vivenciamos é responsável pelo nosso crescimento e desenvolvimento físico, cognitivo, social e psicológico.

A partir dessa perspectiva, é possível compreender que as situações que causam desconforto na nossa vida são apenas propulsoras do nosso crescimento, podendo ser interpretadas e vivenciadas de maneira saudável. Isso não elimina os sentimentos negativos que elas apresentam para nós, mas auxilia na criação de uma experiência mais saudável que aumenta o nosso bem-estar.

Mas, afinal, o que isso tem a ver com a crise existencial? Quando passamos por um momento de ansiedade e sentimos medo do futuro sem identificar qual caminho deve ser seguido, podemos tomar duas atitudes: aumentar a nossa frustração por entregar-se às dúvidas e confusões dessa vivência ou experienciar cada segundo da crise, aceitando que ela faz parte de um momento da nossa espiral de crescimento — uma queda necessária para que a nova subida aconteça.

Assim, é possível interpretar a crise de uma maneira saudável e benéfica para a nossa saúde mental, colaborando para o desenvolvimento da qualidade de vida. No entanto, para além da transformação dos nossos pensamentos, existem algumas atitudes que podem — e devem! — ser tomadas para significar essa experiência de maneira positiva. Confira!

Trabalhar padrões de pensamento

Aqui, as técnicas da Terapia Cognitiva Comportamental podem ajudar você a lidar com os pensamentos que aumentam o pessimismo e o desânimo. Por exemplo, você pode investir na estratégia de registro, anotando quais são os momentos que você percebe que a crise começou, elencando as situações-gatilho que geraram aquela emoção, deixando claro quais foram os seus pensamentos e sentimentos no momento.

Assim, é possível identificar os padrões de pensamento que você apresenta e perceber quais situações podem ser evitadas ou até mesmo enfrentadas para que eles sejam transformados. Aos poucos, você desenvolve a sua inteligência emocional para enfrentar outros momentos difíceis.

Investir em terapia com psicólogos qualificados

Para concluir, a terapia com profissionais altamente qualificados é uma das atitudes mais importantes da minha lista. Ainda que o movimento autônomo da busca pelo autoconhecimento seja o primeiro passo para o enfrentamento da crise existencial, o apoio de um bom psicólogo é fundamental para fortalecer suas ferramentas emocionais.

Dessa maneira, é por meio dessa ajuda que você conseguirá entrar em contato com todos os seus padrões de pensamento e comportamento, assim como reconhecer e trabalhar cada modelo mental que ativa as crises. Aos poucos, é possível trabalha-los de maneira saudável para potencializar a qualidade de vida.

Lembrete: a crise existencial é um período, uma fase do nosso desenvolvimento que precisamos vivenciar para potencializar o movimento espiralado de crescimento pessoal. No entanto, esses momentos podem ser desafiadores e, para lidar de maneira saudável, contar com a ajuda de um bom profissional é a melhor alternativa.

E então, gostou do meu conteúdo? Aproveite para continuar a sua leitura e descubra como lidar com as mudanças de humor!

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