Setembro Amarelo: mês de alerta contra o suicídio
O mês de setembro já começou e com ele uma campanha muito importante para informar, conscientizar e tentar mudar a realidade dos números alarmantes sobre o suicídio no Brasil e em todo o mundo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente, 32 brasileiros se suicidam diariamente. No mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam a cada ano.
O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Mas o suicídio pode ser prevenido! Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo.
Sinais de alerta para prevenir o suicídio
O Ministério da Saúde alerta que os sinais descritos abaixo não podem ser considerados isoladamente, uma vez que não há uma linha para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida.
Confira alguns sinais:
– O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante, pelo menos, duas semanas: essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.
– Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança: as pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.
– Isolamento: as pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.
Expressão de ideias ou de intenções suicidas
Fiquem atentos para os comentários abaixo. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes são ignorados:
“Vou desaparecer.”
“Vou deixar vocês em paz.”
“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”
“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”
Canais de ajuda
O comportamento suicida, na maioria dos casos, está relacionado a condições psicológicas que precisam ser tratadas com atenção. Por isso, é fundamental oferecer ajuda e encaminhar a pessoa para uma avaliação psicológica junto a um profissional capacitado.
Você também pode acessar os seguintes canais, gratuitamente:
– CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).
– UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais
– Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita)
Diante de uma pessoa sob risco de suicídio, o que se deve fazer?
– Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
– Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental ou de emergência. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento.
– Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança.
– Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.
– Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
O que é o Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo foi criado, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Durante o mês, diversas ações são realizadas para chamar a atenção para o tema e monumentos em diferentes cidades também adotam a cor amarela em suas fachadas para dar visibilidade à causa.
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