Você sabia que existe TDAH em adultos? Entenda como o transtorno se manifesta
TDAH em adultos? Você não leu errado! O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade também pode surgir nessa fase da vida e trazer problemas relacionados à hiperatividade, falta de concentração e dificuldade de estabelecer rotinas. Porém, não é um bicho de sete cabeças.
Meus objetivos nos parágrafos a seguir são desmistificar o transtorno e apresentar algumas dicas de como tratá-lo, especialmente por meio da Terapia Cognitiva Comportamental (TCC). Vamos em frente?
O que é o TDAH?
O TDAH, como já expliquei, é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Muitas pessoas duvidam desse problema de saúde mental, mas pesquisas científicas e o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) não deixam razão para questionar sua existência. A condição afeta cerca de 3% a 6% da população em todo o mundo — até 462 milhões de pessoas, mais de dois “Brasis”.
Os sintomas costumam surgir ainda na infância, mas o TDAH pode continuar e até aparecer na idade adulta. Isso porque é um transtorno neurobiológico, ou seja, há componentes genéticos relacionados a ele. Suas consequências se manifestam em comportamentos que atrapalham o dia a dia, como inquietude, realização de atos impulsivos, além de desatenção nos estudos, no trabalho e até no trânsito ao dirigir.
Como o TDAH se manifesta em adultos?
O TDAH em adultos se manifesta de diversas formas, que incluem sintomas como:
- falta de foco;
- tédio;
- dificuldade em se adaptar e seguir rotinas;
- procura constante por novas atividades;
- mudança de humor.
Entre as consequências que a condição pode trazer, destaco as seguintes:
- procrastinação (deixar tarefas para depois);
- resultados abaixo da capacidade tanto nos estudos quanto no trabalho;
- dificuldade em manter um emprego;
- evasão escolar;
- problemas em construir relacionamentos duradouros;
- repetição de erros.
O TDAH em adultos tem cura ou tratamento?
Seria otimismo demais falar em cura: é possível tratar o problema, em qualquer faixa etária. Diferentemente de outros transtornos, que podem ter um fundo meramente psicológico, o TDAH se origina de alterações na região frontal do cérebro. Por isso, dá para levar uma vida equilibrada ao unir psicoterapia e dosagem certa do medicamento adequado para cada caso.
No entanto, de nada adianta usar remédios se o paciente não adotar algumas práticas essenciais para lidar melhor com os sintomas e aliviá-los. Por exemplo:
- organizar a rotina — ter uma agenda, lugares determinados para guardar objetos e documentos, e fazer listas para as tarefas a serem cumpridas;
- evitar o estresse — praticar exercícios físicos, dormir bem e se alimentar corretamente;
- administrar o tempo — saber priorizar as atividades de cada dia, evitar assumir muitas tarefas de uma vez, ter um relógio sempre por perto e programar alarmes para se lembrar de compromissos.
Vale lembrar que os remédios podem ajudar a reduzir os sintomas do TDAH de forma mais rápida, principalmente os ligados à desatenção, ao comportamento impulsivo e à ansiedade. Ainda assim, há a possibilidade de tratar o transtorno somente com a psicoterapia.
Como a TCC atua no tratamento do TDAH?
A Terapia Cognitiva Comportamental é uma das formas de tratar o TDAH por meio da psicoterapia. Conhecida pelo seu teor colaborativo, em que terapeuta e paciente interagem de maneira que ambos tenham um papel ativo, a TCC pode auxiliar em diversos transtornos (como depressão e ansiedade) e no tratamento de fobias.
A partir da identificação de sentimentos negativos e do que os causa, a TCC ajuda o paciente a entender o que ocorre e a modificar comportamentos. Assim, ele pode alterar seus chamados padrões disfuncionais de pensamento e conquistar uma vida mais feliz.
Agora você conhece as principais características do TDAH em adultos e sabe que a condição pode ser tratada em qualquer idade. Seja pela união entre medicamentos e psicoterapia, seja apenas por meio de sessões com o terapeuta, é plenamente viável alcançar um equilíbrio emocional que evite o agravamento dos sintomas do transtorno e minimize seus efeitos.
Gostou das informações? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais para ajudar a desmistificar o TDAH!
Deixe um comentário