Afinal, o que é Transtorno Obsessivo Compulsivo?
Há uma grande variedade de doenças mentais e transtornos que podem afetar o dia a dia de uma pessoa. Felizmente, graças aos avanços da medicina, nas áreas de psicologia e psiquiatria, também há cada vez mais conhecimento sobre esses problemas, além de profissionais preparados para lidar com as situações adequadamente. Um bom exemplo disso é o Transtorno Obsessivo Compulsivo, também conhecidos como TOC.
Esse transtorno é um distúrbio em que o paciente possui pensamentos intrusivos obsessivos que podem ser acompanhados, ou não, de ações compulsivas. O diagnóstico deve ser dado apenas por um profissional. Mesmo que os sintomas do TOC sejam bem marcantes, a falta de conhecimento sobre o transtorno pode levar a alguma confusão para uma pessoa comum.
Se você quiser aprender mais sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, suas características e a melhor forma de responder a ele, acompanhe este post e descubra exatamente o que precisa saber.
Quais são os principais sinais?
O primeiro passo para lidar com esse distúrbio é saber como identificá-lo. Ele pode assumir várias formas e intensidades, então, é importante estar atento aos sinais. Acompanhe os três mais comuns.
Pensamentos obsessivos
O primeiro componente de um quadro de TOC é justamente a presença de pensamentos obsessivos. Trata-se de um tipo de pensamento persistente, intrusivo e indesejado, que está fora do controle do paciente e causa angústia. Por exemplo, a ideia persistente de que algo invariavelmente dará errado, mesmo que já tenha comprovado o contrário várias vezes.
Esses pensamentos podem não ter fundamento, mas ainda assim serem intrusivos no dia a dia da pessoa. Nesses casos, ela mantém uma vida funcional, mas eventualmente tem suas conversas ou outros raciocínios atrapalhados por esses pensamentos negativos, diminuindo sua qualidade de vida e provocando bastante desconforto.
Rituais repetitivos
Um nível mais avançado do TOC é quando, em vez de pensamentos obsessivos, há predominância de comportamentos compulsivos, geralmente na forma de um ritual. Por exemplo, você precisa olhar três vezes embaixo da cama antes de deitar-se, lavar as mãos repetidamente, organizar e verificar o que acabou de fazer várias vezes, mas sem nenhum motivo aparente.
Em geral, a pessoa com atos compulsivos precisa realizar o ritual em todas as oportunidades que se apresentarem, com dificuldade para controlar suas ações. Quando os rituais não são executados, o paciente tende a acumular ansiedade, sendo aliviada apenas quando ele sede ao impulso.
Ansiedade condicional e intensa
Outro sinal de que uma pessoa pode ter TOC é que ela desenvolve um quadro intenso de ansiedade diante de alguma situação específica, como ter que abrir uma porta ou quando deixa alguma coisa fora do lugar. Se qualquer perturbação tende a provocar uma reação assim, então há boas chances de que esse seja o quadro clínico.
Isso fica mais claro quando a ansiedade vem associada à execução de algum ritual, como já mencionei. Nesses casos, você deve buscar um psicólogo o quanto antes para verificar a situação e, sendo necessário, iniciar o tratamento.
O que pode causar tal transtorno?
Apesar de toda a pesquisa e conhecimento acumulado, ainda é difícil apontar o que causa o TOC do ponto de vista neurológico. Há possibilidades de predisposição genética e ambiental, mas as correlações não são consistentes o suficiente para apontar um “culpado”. Alguém sem nenhum marcador pode desenvolver a síndrome, assim como alguém com todos eles pode continuar sua vida sem o distúrbio.
Do ponto de vista da psicologia, especialmente da abordagem teórica da TCC, esse tipo de transtorno pode estar relacionado a mecanismos mentais de defesa e funcionamento. Os hábitos podem ser o resultado de algum aprendizado ou mesmo uma estratégia criada pelo cérebro para evitar situações de angústia. Parte do processo de tratamento é identificar essas causas e reestruturar esses padrões de pensamento.
Como lidar com Transtorno Obsessivo Compulsivo?
Encontrar alguém com sinais de TOC ou identificá-los em si mesmo pode ser uma situação complexa. Afinal, esse transtorno é difícil de lidar, mesmo para alguns profissionais. Porém, há algumas coisas que você pode fazer. Veja um pouco mais a seguir.
Fique atento aos sinais
Obviamente, o melhor caminho é estar atento aos sintomas. Se alguém próximo apresenta esse tipo de comportamento — pensamentos obsessivos ou possui muita angústia e ansiedade associada a essas ações —, é importante apontar esses sinais para que ele busque ajuda.
Encontrar os mesmos sintomas em si mesmo pode ser mais difícil, especialmente para quem convive com o transtorno por muito tempo. Para essas pessoas, os sinais podem ser apenas atitudes normais do dia a dia que não são dignas de preocupação. Nesse caso, também é importante estar atento aos avisos de outras pessoas e buscar ajuda por conta própria.
Cuidado com a perpetuação desses rituais em crianças
Uma atitude simples, mas que ajuda bastante a prevenir o Transtorno Obsessivo Compulsivo na vida adulta, é estar atento quando uma criança começa a desenvolver esses sinais.
Nos primeiros anos de vida, todos precisam de alguma rotina e segurança, e os rituais ajudam bastante nesse ponto. Porém, se eles se mantêm por muito tempo, podem se converter em um quadro de TOC. Nesse caso, pais e professores também devem estar atentos — especialmente se a criança já começou a desenvolver o sentimento de angústia — e buscar ajuda.
Lembre-se: alguns transtornos não são contraídos, mas aprendidos em um estágio chave da formação do cérebro. O cuidado com o desenvolvimento da criança é muito importante, especialmente dos primeiros anos à puberdade.
Procure ajuda profissional
Por fim, a atitude mais óbvia ao identificar esses sinais é buscar ajuda. Como já falei, há muito conhecimento acumulado e profissionais preparados para lidar com esse tipo de transtorno. Um psicólogo geralmente é a primeira opção, pois ele pode identificar o transtorno e dar início ao tratamento de forma bem rápida.
Se necessário, ele pode solicitar o auxílio de um psiquiatra para receitar medicamentos que diminuam a ansiedade. Dessa forma, será mais fácil eliminar os rituais e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Com essas informações sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, você já está um pouco mais preparado para lidar com ele, caso apareça. Fique atento aos sinais e, acima de tudo, busque auxílio quando precisar.
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