Você sabe como é uma sessão de terapia?
Muitas pessoas se perguntam como é uma sessão de terapia. A curiosidade é válida, por isso, resolvi escrever este artigo no qual explicarei brevemente os principais aspectos do processo terapêutico, que se dá, na prática, ao longo das consultas.
Não há necessidade alguma de ter receio em procurar um profissional de saúde mental, até porque cada vez mais pessoas precisam de ajuda para lidar com seus conflitos. Estima-se que 2% dos brasileiros façam terapia e que mais de 50% deles já tenha usado algum medicamento para doenças psíquicas. Ou seja, em um mundo ideal, mais gente faria terapia.
Embora os tratamentos psicológicos não façam uso de remédios, há uma série de técnicas aplicadas de forma a melhorar o bem-estar mental dos pacientes, que, em pelo menos 75% dos casos, apresentam evolução apenas com as sessões de terapia, sem a necessidade de se medicar.
Venha comigo para aprender mais sobre o assunto!
Quem deve fazer terapia
Qualquer pessoa que sinta a necessidade ou mesmo cogite fazer terapia — ainda que não tenha consciência tão clara a respeito do porquê — deve procurar apoio profissional. É claro que, se há alguma questão mal resolvida, algo que a incomoda ou problemas emocionais que custam a desaparecer, também há indicação de psicoterapia.
Além desses casos aparentemente mais brandos, pessoas com sintomas mais evidentes de depressão, ansiedade, dificuldades em lidar com diferentes aspectos da vida — seja familiar, profissional ou de relacionamentos — e outros distúrbios também podem se beneficiar das sessões de terapia.
O papel do psicoterapeuta na sessão
Os psicoterapeutas são profissionais qualificados para a função que desempenham, com formação em psicologia — que pode variar desde a graduação até especializações, mestrado e doutorado na área. Há diversas linhas dentro da psicologia, e é importante entender qual delas o terapeuta segue, quais são os métodos utilizados e qual é a frequência das sessões.
O importante é que o profissional tenha condições de oferecer a terapia mais adequada para cada caso, de forma neutra — o psicólogo não pode ser alguém da família, por exemplo. Além disso, o terapeuta deve dar ao paciente oportunidades de refletir sobre sua vida, de forma a ajudá-lo a encontrar o melhor caminho e a resolução de seus conflitos.
Como ocorre uma sessão de terapia
Uma das maiores curiosidades de uma pessoa que nunca fez terapia antes é a respeito de como as sessões ocorrem. Neste trecho do artigo, vou contar um pouco mais a respeito. Acompanhe!
Como é a primeira sessão?
A primeira sessão é o momento de apresentação entre o paciente e o terapeuta. Não há expectativa de que a pessoa se abra e fale, logo no primeiro encontro, de tudo que a incomoda e que a levou a buscar apoio profissional para sua saúde mental.
Essa é a hora em que se busca, sim, entender os motivos da consulta e estabelecer os primeiros laços de confiança entre ambos — mas isso sem nenhum tipo de pressão ou exigência. Cada pessoa tem o seu tempo.
Idealmente o terapeuta apresenta seus métodos e a forma como costuma trabalhar e busca conhecer o paciente e tranquilizá-lo para que as sessões seguintes ocorram com tranquilidade e os primeiros passos sejam dados.
Isso varia caso a caso — se o paciente está em crise e precisa de um suporte maior, é papel do terapeuta identificar os sintomas e propor uma primeira solução emergencial, que traga algum tipo de conforto.
Assim, nos encontros seguintes, começa-se a trabalhar as questões psicológicas que oferecerão um tratamento de médio a longo prazo capaz de ajudar o paciente a melhorar sua saúde mental.
O psicólogo faz perguntas?
O psicólogo precisa entender o que se passa com seu paciente para estabelecer um diagnóstico. Há pessoas que são mais abertas e falam de forma clara sobre o que as incomoda, o que reduz a necessidade de o terapeuta fazer perguntas.
Ainda assim, há detalhes e informações específicas que o profissional precisa saber para o tratamento ser bem-sucedido. Dessa forma, é natural que o psicólogo faça algumas perguntas.
Na primeira sessão, é provável que o psicólogo questione algumas coisas mais básicas, como:
- idade do paciente;
- estado civil;
- ocupação;
- o que o fez buscar apoio psicológico.
Conforme o tratamento tem sequência, nas sessões seguintes perguntas mais específicas serão feitas, de forma a propor uma reflexão ao paciente. Muitas vezes, a resposta não é conhecida e a questão não será esclarecida na sessão. No entanto, a pergunta permanecerá com o paciente, que deverá fazer um exercício para tentar decifrá-la.
O que preciso falar?
O terapeuta precisa entender o que causa angústia, tristeza ou outros maus sentimentos em seus pacientes, seja o desemprego, o fim de um relacionamento, problemas familiares ou, ainda, fobias como a dificuldade de falar em público, de usar o elevador ou outras questões.
Assim, é fundamental que esses temas sejam verbalizados pelo paciente no tratamento psicoterapêutico — inclusive porque, diferentemente dos psiquiatras, os psicólogos não receitam medicamentos.
Os benefícios do processo terapêutico
Confira alguns dos principais benefícios que as sessões de terapia podem proporcionar aos pacientes:
- melhora no humor;
- mais ânimo para participar de atividades com outras pessoas, sejam amigos, colegas ou familiares;
- melhora do desempenho no trabalho;
- promoção do autoconhecimento;
- tolerância à frustração;
- evolução passo a passo em caso de fobias, com o eventual fim de medos irracionais;
- desenvolvimento de habilidades interpessoais;
- suporte profissional caso recaídas, que são normais, ocorram.
Resumindo: fazer terapia é tudo de bom! É por isso que eu convido você a conhecer mais de perto o meu trabalho na clínica Psicologia Dockhorn. Meu trabalho é baseado na Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), em sessões de 50 minutos nas quais são propostas reflexões no sentido de fazer o paciente pensar por si próprio a respeito de seus conflitos.
A partir daí, uma mudança comportamental é sugerida, de forma a encontrar o melhor caminho para a resolução de situações que tragam sentimentos negativos aos pacientes. É importante esclarecer que, diferentemente de outras linhas, a TCC tem começo, meio e fim, estabelecendo fases de evolução de cada quadro.
Espero que tenha gostado do artigo sobre como é uma sessão de terapia. Caso sinta necessidade, entre em contato conosco e veja mais no site sobre nosso trabalho.
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