Volta às aulas dos filhos e ansiedade das mães: como lidar?
A pandemia do novo coronavírus transformou o ano de 2020 em um período de incertezas. Por isso, o plano de retomada das aulas presenciais ainda é um impasse que tem tirado o sono e redobrado a ansiedade de mães com crianças matriculadas na rede de ensino regular em todo o país.
De um lado, parte dos responsáveis prefere não mandar seus filhos de volta à escola. Por outro, as gestões dos governos estaduais mantêm a decisão de retomar as atividades acadêmicas, se as condições de saúde estiverem relativamente favoráveis.
Algumas regiões tiveram o retorno das aulas em setembro, enquanto outras seguem analisando a possibilidade de reiniciar o período letivo neste ano. Acontece que a doença ainda não foi amplamente controlada e os números de infectados no Brasil sobe diariamente.
Então, como lidar com essa questão? A seguir, aponto alguns direcionamentos que podem ajudar. Confira!
Quais fatores contribuem com a ansiedade de mães?
As medidas de distanciamento e isolamento social durante a quarentena, por si só, já impactaram bastante a saúde mental da maioria das pessoas. Contudo, isso se intensifica no caso de pais que não sabem se levam seus filhos de volta à escola no retorno presencial do calendário letivo ou se assumem a responsabilidade de “perder o ano”, mas garantir sua segurança em relação ao vírus.
Essa indecisão sobre o que é melhor para as crianças pode ser impactada por alguns fatores que contribuem com a ansiedade de mães que enfrentam essa situação. O que prevalece é o medo de colocar em risco a vida dos filhos, por exemplo, seguido de incerteza sobre a eficácia do protocolo de biossegurança do Ministério da Educação (MEC).
Além disso, ainda posso citar a angústia de não saber se, enquanto responsáveis da criança, os pais estão tomando a decisão certa — aderir ao retorno presencial ou manter o distanciamento social com medidas emergenciais de ensino a distância ou doméstico.
Por fim, ainda há a saudade envolvida, já que o período de quarentena permitiu a muitos pais passar mais tempo com seus filhos —, e essa separação pode ser dolorosa em um primeiro momento. Entretanto, vale ressaltar que a volta à rotina aos poucos é fundamental, desde que se mantenha todas as melhores práticas de cuidado e higienização.
Como essa ansiedade reflete diretamente nos filhos?
O retorno gradual, apesar de causar medo e angústia, precisa acontecer uma hora ou outra. Afinal, o coronavírus deve continuar a circular pelo mundo pelos próximos dois anos, segundo uma pesquisa da Universidade de Minnesota (EUA).
É claro que a decisão de retornar às aulas cabe à realidade de cada família, mas a volta à rotina, mesmo que com inúmeras restrições e cuidados, pode ser benéfica para as crianças e para o seu desenvolvimento. Esse processo de crescimento psicoeducativo sofreu uma quebra brusca devido à pandemia. E o problema ainda pode se tornar maior se toda a ansiedade dos pais se refletir diretamente nos filhos.
Eles tendem a absorver todos os fatores que citei anteriormente, a exemplo de medo e insegurança, porém, como estão em fase de construção cognitiva, tais aspectos podem afetar não só sua saúde mental na infância, mas refletir em transtornos e fobias na vida adulta.
Como lidar com o problema?
A melhor saída para lidar com o impasse é intensificar o diálogo familiar e, a partir disso, chegar a um consenso sobre o que vai ser melhor para os filhos. Recomendo, no entanto, que os pais busquem apoio especializado a fim de trabalhar melhor a ideia e não deixar que a ansiedade atrapalhe a tomada da decisão.
A Terapia Cognitiva Comportamental, por exemplo, ajuda nesse sentido, porque o psicólogo vai investigar possíveis fontes do problema e ajudar os pais a ressignificar seus pensamentos e emoções em relação ao assunto. Assim, podem adotar o melhor comportamento diante da volta às aulas das crianças.
É de suma importância saber lidar com os próprios sentimentos para ter sabedoria ao lidar com os filhos. Portanto, além de buscar o máximo de informações possíveis sobre o retorno das atividades escolares, o que reduz a ansiedade de mães e pais é o maior cuidado com seu próprio estado psicológico, pois reflete em todos dentro de casa.
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Comentários (3)
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