fbpx

Saúde mental: por que essa é uma temática tão discutida atualmente?

Voltar para BLOG DOCKHORN

Saúde mental: por que essa é uma temática tão discutida atualmente?

Você já deve ter percebido que nunca se falou tanto em saúde mental como nos últimos tempos, não é? Em 2020, para você ter uma ideia, as buscas no Google sobre temas relacionados cresceram 98% no Brasil em comparação à média dos dez anos anteriores.

Além das perguntas “como lidar com a ansiedade” e “como lidar com a depressão”, o interesse dos brasileiros por entender “o que é felicidade” registrou recorde no buscador. Mas por que isso tem ocorrido? O que leva as pessoas a discutirem com mais profundidade esses assuntos?

A respeito disso que quero conversar por aqui com você. Vamos explorar os possíveis motivos que colocaram a saúde mental no centro das discussões hoje em dia?

Qual é o panorama da saúde mental no Brasil e no mundo?

Antes de pensarmos sobre o porquê do boom de interesse por saúde mental, é preciso deixar claro que as dificuldades emocionais que a sociedade está enfrentando não são especialmente novas. Há 20 anos, a Organização Mundial da Saúde já reportava que uma em cada quatro pessoas é afetada por algum distúrbio mental.

Em 2017, dados divulgados pela entidade revelaram quantas pessoas no mundo sofrem de depressão profunda (322 milhões) e de Transtorno de Ansiedade (264 milhões). Esses números já chamavam a atenção naquele ano, pois verificava-se um aumento significativo de casos nas últimas décadas.

Tristemente, na América Latina, o Brasil figura como o país com a maior taxa de depressão. Além disso, ocupamos o primeiro lugar no ranking com o maior percentual de pessoas com ansiedade no mundo.

Embora os distúrbios mentais já fossem comuns, os números atuais de pessoas afetadas são tão alarmantes que fazem com que muitos chamem o fenômeno de epidemia, enquanto outros afirmam ser um problema governamental. No próximo tópico, discuto alguns pontos importantes.

Por que se fala tanto em saúde mental atualmente?

Ora, se o ser humano já era acometido antes por transtornos mentais e emocionais, por que será que a saúde mental vem ganhando tanto os holofotes? Sabemos que há distúrbios em que o componente genético é determinante para a sua manifestação, assim como a incidência de sol na região do planeta onde moramos.

Porém, de acordo com os dados levantados pelas entidades competentes e a relação que observamos entre saúde mental e região geográfica, podemos concluir que uma parcela significativa da ocorrência de tais distúrbios se deve ao estilo de vida que levamos.

Levantei algumas questões-chave para o aumento do interesse por saúde mental. Veja só.

Pandemia de Covid-19

A relação entre pandemia e saúde mental não é surpresa, certo? O que acontece é que a crise sanitária desencadeada pelo coronavírus revelou diversos problemas que antes passavam despercebidos ou eram “resolvidos” aos poucos, fazendo com a gente precisasse lidar com eles da noite para o dia.

Além disso, a intensidade e a velocidade com que esses problemas se apresentaram foram tão grandes que tiraram muita gente do eixo, tendo recaídas ou experienciando pela primeira vez tais distúrbios. O isolamento social, o medo de adoecer, a exaustão no home office, a incerteza sobre o futuro e as dificuldades financeiras são apenas alguns exemplos de fatores que interferem no nosso bem-estar.

Excesso de informações negativas

A quantidade de informações ruins que chegam até nós é gigante, ainda mais quando comparada à de boas notícias. Acontece que, quanto mais nos envolvemos com negatividades, mais sujeitos estamos ao surgimento das nossas próprias emoções negativas.

À medida que sentimos mais raiva, medo e insegurança sem lidar adequadamente com esses sentimentos, temos menos condições de nos dedicarmos à nossa felicidade. Então, é importante colocar limites na quantidade de informação diária que procuramos.

Veja bem, não estou sugerindo que você pare de se informar nem que passe a ignorar os fatos, pensando que o mundo é um mar de rosas, ok? Mas estipule um tempo e um período do dia para acompanhar as notícias, em vez de permitir que a enxurrada de informações te carregue.

Abuso das redes sociais

Reparou que os índices de depressão e ansiedade cresceram bastante a partir dos anos 2000? Foi nessa época que a internet se popularizou e, mais adiante, surgiriam as primeiras redes sociais tais como conhecemos hoje.

Não é segredo que os criadores das grandes redes aproveitaram o mecanismo de recompensa do nosso cérebro para manter os usuários mais engajados nas plataformas. Da mesma forma, já é sabido que o vício em redes sociais prejudica a autoestima, a produtividade e os relacionamentos interpessoais.

Portanto, não é de se admirar que o abuso dessas conectividades afete a saúde mental das pessoas, concorda? Minha sugestão aqui é a mesma do tópico anterior: defina períodos do dia para checar seus feeds.

Vida moderna

Já faz algum tempo, na verdade, que estamos adoecendo física e mentalmente. A vida moderna em si é um fator preponderante para os impactos que observamos na nossa saúde mental. Com cada vez mais frequência, as pessoas:

  • acordam e dormem pensando em trabalho;
  • têm pouco tempo para dedicar ao lazer;
  • são sobrecarregadas com cobranças e tarefas diversas;
  • estão expostas aos efeitos negativos da luz emitida pelas telas;
  • fazem menos exercícios;
  • se alimentam mal;
  • se afastam da natureza.

Qualquer semelhança que você perceba com a sua vida não é mera coincidência. Some a isso algumas crises econômicas, que afetam a nossa vida diretamente, e você terá um prato cheio para desenvolver distúrbios emocionais e mentais.

É claro que uma série de atitudes devem ser tomadas para encontrar a estabilidade emocional, mas meu convite aqui é para que você desacelere.

Resgate da essência humana

Por fim, gostaria de levantar mais uma questão que pode estar relacionada ao aumento do interesse por assuntos de saúde mental atualmente e que não tem uma conotação negativa em cima disso: o resgate da essência humana.

O que isso significa? Que nos últimos tempos as pessoas têm se dado conta de algo primordial: corpo físico, mental, emocional e espiritual formam uma unidade — é impossível dividi-la. Ou seja, todas as esferas estão interligadas, ao passo que quando uma está mal, influencia o funcionamento de outra.

A medicina ocidental está passando por uma transformação (ainda que lenta e tardia), se tornando mais holística, olhando para o paciente de forma integral e menos centrada na doença em si. Uma vez que compreendemos o quanto nossos pensamentos influenciam a saúde física e o quanto nosso estilo de vida afeta a saúde mental, podemos ir atrás daquilo que nos traga bem-estar, não é?

Então, é uma ótima notícia que a sociedade esteja mais preocupada com o tema, concorda? Afinal, a nossa maior busca continua sendo pela felicidade.

Como cuidar da saúde mental?

Existem muitas maneiras de cuidar da saúde mental, que variam com os diagnósticos e com cada pessoa, é claro. Para você ter uma ideia da diversidade de recursos que podemos explorar, olha só: estudos confirmam que a escrita sobre a própria doença ajuda na sua recuperação, e médicos canadenses estão prescrevendo “tempo na natureza” aos seus pacientes.

Bacana, não é? Mas sei que nem sempre é fácil se desvencilhar por conta própria das amarras do cotidiano, observar de longe a situação e investir na saúde mental, especialmente se estamos no olho do furacão. Para isso, contar com a ajuda de um psicólogo pode ser a solução.

Entre as linhas da psicologia, a Terapia Cognitiva Comportamental oferece auxílio aos pacientes, pois reestrutura os pensamentos e a interpretação acerca dos eventos da vida, fazendo com que a pessoa lide melhor com as adversidades. Uma das diferenças dessa linha terapêutica é o foco no momento presente, mais do que no passado do paciente.

Muito bem, esses são os principais pontos que acredito serem as razões para o crescente interesse por saúde mental. Há um problema silencioso entre a sociedade que precisa ser encarado, ao mesmo tempo em que estamos tentando resgatar o equilíbrio e o bem-estar pleno.

Concorda comigo e se identificou com o que falei aqui? Precisa de ajuda para lidar com tudo isso? Entre em contato conosco para que possamos conversar!

Compartilhar este post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar para BLOG DOCKHORN