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As consequências psicológicas pós pandemia e como lidar com elas

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As consequências psicológicas pós pandemia e como lidar com elas

Mais do que o causador de uma doença potencialmente fatal, o novo coronavírus vem provocando danos significativos na população em todo o mundo. Aqui, não estou falando da COVID-19 em si, e sim das consequências psicológicas pós pandemia.

Isso não chega a ser uma novidade, levando-se em conta que estudos anteriores já haviam percebido o aumento da incidência de doenças mentais em países como China e também no continente africano, quando viveram situações semelhantes. Mas o que fazer a respeito?

Neste artigo, procuro trazer uma visão ampla sobre os principais transtornos psicológicos derivados da pandemia, como preveni-los e tratá-los. De forma geral, ter uma vida saudável e procurar suporte especializado quando os sintomas surgirem (ou, se possível, até antes) é a melhor opção sempre.

Para saber mais detalhes, leia o artigo até o final!

Quais os principais impactos da pandemia na saúde mental?

Há uma série de consequências psicológicas associadas à pandemia do novo coronavírus e diversos estudos vêm sendo realizados mundo afora para monitorar esse cenário. Acompanhe os principais e observe algumas dicas para preveni-los ou tratá-los.

Ansiedade

Os Transtornos de Ansiedade já eram uma preocupação antes da pandemia, e suas consequências psicológicas tendem a se agravar em situações de isolamento social e incertezas sobre o futuro, como a vivida por toda a humanidade em 2020.

De acordo com artigo científico feito no Paquistão e publicado no site do Centro Nacional para Informações de Biotecnologia (NCBI), dos Estados Unidos, o surto de coronavírus em Wuhan (China), em dezembro de 2019, e a pandemia global resultante deste evento, somada às altas taxas de mortalidade provocadas pela COVID-19, tem causado sofrimento psiquiátrico generalizado. Isso pode levar a problemas de longo prazo, como depressão, ansiedade e agravamento de transtornos psiquiátricos preexistentes.

Um estudo feito na China também evidenciou um grande fardo para a saúde mental dos moradores daquele país durante o surto de COVID-19. O maior risco de surgimento de problemas psicológicos se dá entre os mais jovens — que tendem a passar muito tempo pensando sobre a pandemia — e os profissionais de saúde.

Síndrome de Burnout

Com o impacto da pandemia na forma de trabalhar e na economia, a Síndrome de Burnout também se tornou uma preocupação ainda maior em 2020. Seja pelo estresse causado em função da adaptação ao home office — que ocorre paralelamente aos cuidados com a casa e a família —, seja pela maior pressão e carga de trabalho, provocados pela redução das equipes das empresas, o esgotamento resultante das atividades profissionais é mais um impacto na saúde mental.

Procurar atividades relaxantes e que possam ser realizadas em casa ou em locais que não provoquem aglomerações, como ioga, meditação ou qualquer outra prática que seja motivo de satisfação individual, é algo fundamental nesse momento e também pode ajudar a melhorar as condições psicológicas pós pandemia.

Depressão

A depressão, que de acordo com relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) atingia 264 milhões de pessoas antes da pandemia, também se tornou uma preocupação a mais desde que o novo coronavírus evoluiu em escala global.

No mesmo documento, a ONU registra que não foi uma surpresa identificar níveis mais altos do que o normal de sintomas de depressão e ansiedade em vários países. Um estudo feito na Etiópia em abril de 2020 relatou uma taxa de prevalência estimada de 33% de sintomas consistentes como Transtorno Depressivo, um aumento de três vezes em comparação com as estimativas de Etiópia antes da epidemia.

Como qualquer transtorno psicológico, é fundamental que os indivíduos previnam seu surgimento por meio da realização de atividades prazerosas, de práticas saudáveis (como atividades físicas e boa alimentação) e descanso apropriado. O acompanhamento psicológico é recomendado caso os sintomas da doença estejam evidentes e provoquem prejuízos no dia a dia.

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

A necessidade de prevenir o contágio do coronavírus com a lavagem frequente das mãos, a limpeza de roupas, calçados e compras, bem como o uso da máscara de proteção, pode levar uma pessoa a desenvolver o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) ou, ainda, a agravar um quadro já existente.

Para identificar o desenvolvimento do TOC, é fundamental observar se ele vem acompanhado da depressão, ansiedade, insônia e outros sintomas que ajudam a diagnosticá-lo. É difícil prevenir o transtorno, mas é possível tratá-lo caso ele surja, desde que seja feito um acompanhamento psicológico e, se necessário, um tratamento psiquiátrico apropriado.

Dependência química

Em momentos de estresse como uma pandemia, é natural que as pessoas recorram a substâncias na tentativa de relaxar. Consumir bebidas alcoólicas é uma forma socialmente aceitável de descontrair e descansar ao fim de um dia exaustivo. Porém, quando esse uso de álcool perde o controle, trazendo prejuízos para a vida pessoal e profissional, é necessário procurar ajuda. No caso de drogas ilícitas, isso é ainda mais arriscado e pode provocar danos psíquicos graves.

Uma alternativa de relaxamento é a prática de atividades físicas, uma boa leitura, o estudo de um instrumento musical, jogos que possam ser uma diversão para toda a família e outras práticas que não tragam prejuízos à saúde.

Por que é tão importante fazer terapia neste momento?

A terapia promove a prevenção à saúde mental, algo que é extremamente necessário em um momento como uma pandemia. Afinal, a incerteza de quando esse período chegará ao fim, acompanhado do temor de contágio e das consequências que a doença pode trazer, são bastante estressantes para todas as pessoas.

Soma-se a isso os impactos na vida familiar e social, na economia, na dificuldade de praticar atividades físicas e no convívio com os filhos, e pronto: a angústia que naturalmente afeta qualquer um pode se tornar um transtorno mais grave — o que pode ser prevenido e trabalhado por meio da psicoterapia.

Além disso, é preciso pensar na qualidade de vida pós-pandemia. Que tipo de vida se quer ter quando as coisas voltarem ao normal? De nada adianta surgir uma vacina e nos tornarmos aptos a retornar ao convívio social e ao trabalho se a nossa mente não está bem para aproveitar nossa tão sonhada liberdade.

Chego ao fim de mais um artigo no qual procurei esclarecer questões bastante relevantes no momento que estamos atravessando, mas que também podem ser úteis em diversas fases da vida — especialmente quando levamos em conta as consequências psicológicas pós pandemia. Espero que tenham gostado e fico à disposição em caso de dúvidas ou questionamentos.

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