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Como se livrar do vício em redes sociais? Conheça 7 formas!

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Como se livrar do vício em redes sociais? Conheça 7 formas!

Já faz mais de dez anos desde que o Facebook popularizou no Brasil e, ao longo desse tempo, vimos o vício em redes sociais avançar silenciosamente na sociedade. Com a virtualização das atividades cotidianas forçada pela pandemia, controlar os impulsos de checar os feeds de dois, três, quatro, cinco aplicativos tornou-se um desafio ainda maior.

Porém, o esforço é extremamente necessário, já que o uso das redes sociais está ligado a diversos problemas, desde o aumento da improdutividade e dos conflitos de relacionamento até o desenvolvimento (ou o agravamento) de Fobia Social, depressão e ansiedade. Como a tecnologia e as novas formas de se relacionar não vão sumir como um passe de mágica, é essencial encontrarmos um ponto de equilíbrio.

Mas como dar o primeiro passo para fora desse turbilhão e se livrar do vício em redes sociais? Pensando em tudo que tenho observado nesses anos e, em especial, nos últimos meses, separei algumas dicas para você. Vamos lá?

O que configura o vício?

É difícil conseguir distinguir o limite tênue entre o hábito de desejar se manter informado e a necessidade de permanecer conectado às redes sociais. A maioria das pessoas não enxerga o seu comportamento como um vício justamente por essa razão.

Porém, quando o uso das redes sociais começa a afetar o dia a dia de alguém de maneira significativa, é preciso repensar os hábitos. Uma das características do vício é a permanência exagerada dos dispositivos móveis ou do computador para checar feeds de notícias e postar fotos e vídeos na expectativa de receber curtidas e comentários.

Esse conjunto de ações mexe diretamente com o sistema de recompensa e as sensações de prazer do nosso cérebro: a cada curtida ou comentário positivo que você recebe, uma descarga de dopamina ocorre. Isso faz com que você queira cada vez mais esse prazer, procure por essa validação.

Os criadores do Facebook perceberam isso quando o botão “curtir” foi lançado (sendo incorporado por todas as redes sociais que surgiram depois) e eles souberam aproveitar muito bem essa vulnerabilidade humana. Todos temos uma necessidade intrínseca de pertencermos a algo — e as redes sociais abraçam as pessoas que não encontram no mundo real essa conexão.

Um outro modo de interagir nas redes é o passivo, cujo usuário apenas rola o feed indefinidamente. Esse comportamento está intimamente ligado ao aumento da baixa autoestima e da insatisfação, bem como à propensão de desenvolver Fobia Social, depressão, autodano e pensamentos suicidas.

Além disso, como para a maioria das pessoas o smartphone é uma extensão do próprio corpo, já existe uma palavra que define o medo de ficar sem o celular: nomofobia (do inglês “no mobile phobia”). Você sente uma inquietação, uma ansiedade quando fica um tempo (não precisa ser muito, bastam alguns minutos) longe das redes? Então, está na hora de prestar atenção nisso.

Como se livrar do vício em redes sociais?

“Mas, Vanessa, eu preciso encerrar as minhas contas e sair de todas as redes sociais para me livrar do vício?”. Depende. Essa pergunta é superparticular e só com uma avaliação cuidadosa a gente consegue traçar os planos para retomar o controle da situação.

Até lá, você pode buscar um equilíbrio, afinal, os problemas surgem do modo como você usa as redes, e não do fato de você estar presente nelas, entende? Então, veja só as dicas que eu tenho para você.

1. Mude seus hábitos

Jamais duvide do poder do hábito. Todos os dias, somos uma repetição daquilo que escolhemos fazer. Nosso cérebro atua de forma automática para que a máquina que é o nosso corpo continue sempre funcionando; cabe a você ensiná-lo o que é bom e o que é ruim.

É mais fácil modificar um hábito se ele começa aos poucos, em vez de fazer uma mudança radical na vida. Então, é importante pensar em coisas que podem substituir a visualização das redes sociais, entrando no circuito de recompensa.

Que tal levantar da cama e fazer 30 minutos de exercícios físicos leves em vez de expor a sua vida ou ver a vida de outras pessoas logo que abre os olhos? Lembre-se de que o nosso organismo precisa de um tempo para incorporar um novo hábito, ok? Então, persista.

2. Escolha momentos do dia para se conectar

Você já contou quantas horas do seu dia despende nas redes sociais? Acesse as configurações do seu celular e das plataformas que você usa — tenho certeza de que vai se espantar com o resultado. Seis, oito horas? É… O quanto de vida você está deixando de lado para ficar conectado?

Já pensou em quantas coisas você pode realizar para si mesmo no tempo que não está nas redes sociais? Não alimente o vício com inutilidades, defina horários para pegar o celular e respeite o plano.

3. Faça atividades físicas

Lembra quando comentei sobre os mecanismos de recompensa no cérebro? Os exercícios físicos são um fortíssimo aliado para se livrar do vício em redes sociais, porque também mexem com os neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer no organismo.

Além disso, a prática de exercícios nos mantém mais focados no momento presente, no mundo real, no que é palpável. Você não precisa virar um “rato de academia”, basta pôr o corpo em movimento — caminhadas ao ar livre e exercícios que usem o peso do próprio corpo (como a Yoga) são extremamente benéficos para a saúde mental.

4. Organize programas com a família e os amigos

As redes sociais nos colocam de frente a um paradoxo: ao mesmo tempo em que estamos conectados a muitas pessoas, estamos sós. É comum as pessoas experienciarem um sentimento de profunda solidão depois de longos períodos rolando o feed, afinal, tudo o que acontece ali permanece no mundo virtual.

Por isso, é essencial resguardar um tempo para conviver com a família e os amigos mais próximos. Aqui, é uma boa fazer uma combinação: durante o momento em que estiverem juntos, ninguém pode pegar o celular. Valorize seus afetos.

5. Foque em outras atividades

Essa dica é um complemento à demais que citei até agora. Envolve uma pequena e gradual mudança de hábitos para que o seu cérebro reaprenda a desejar outras atividades. Então, mantenha o celular longe toda vez que você estiver fazendo qualquer outra coisa, independentemente de ser trabalho e estudo ou um hobby.

Além disso, toda vez que sentir necessidade de checar as redes sociais, procure fazer algo que tire o seu foco disso e coloque a sua atenção na nova atividade. Aprenda a distrair a sua mente de outras formas que não seja rolando o feed ou publicando nas redes.

6. Desligue as notificações

Esta é uma das dicas que os próprios criadores das redes sociais dão aos usuários: desligue todas as notificações das plataformas. Elas são a isca para captar a sua atenção. Você vai se surpreender com o tanto que você deixa de conferir as redes simplesmente porque não há nada que esteja constantemente lembrando você da existência delas.

Aliás, é no documentário “O Dilema das Redes”, apresentado pela Netflix, que os desenvolvedores das plataformas relatam a sua preocupação com as mudanças que o produto deles têm gerado na nossa sociedade. Vale a pena conferir para refletir, hein?!

7. Faça terapia

Junto às transformações digitais, surgiu também o que chamamos de “dependência sem drogas”, que é a dependência tecnológica. Isso porque o vício em redes sociais provoca a síndrome da abstinência (disforia, insônia, inquietação, irritabilidade e mal-estar emocional), justamente por interferir nos neurotransmissores, tal como qualquer substância lícita ou ilícita faz.

Como comentei no início deste tópico, nem sempre a gente consegue se dar conta do problema sozinho, e pode ser ainda mais complicado mudar as atitudes sem o apoio de outras pessoas. A terapia é sempre bem-vinda na vida de qualquer um, pois nos possibilita compreender e melhorar o relacionamento que temos conosco mesmos e com o mundo que nos cerca.

A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma opção de tratamento que foca o momento presente e as crenças disfuncionais que estão gerando os problemas e o sofrimento na vida do paciente. Com técnicas eficientes e um planejamento bem estruturado, com início, meio e fim, o terapeuta faz com que o paciente encontre soluções para compreender as suas dores e restabelecer novos comportamentos —, inclusive para contornar o vício em redes sociais.

Como você deve saber, a tecnologia estará cada vez mais presente na nossa vida e ela deve ser uma aliada para resolver adversidades, não a fonte dos problemas. Então, é importante que a gente encontre um equilíbrio entre o mundo real e o virtual, para que as mídias sociais não se tornem um vício prejudicial à saúde psicológica das pessoas.

Ficou curioso sobre como a TCC pode mudar padrões enraizados na sua psique? Acesse o site Psicologia Dockhorn e saiba como podemos ajudar você!

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Comentários (6)

  • Carlos de Oliveira Andrade Reply

    muito interessante estou passando por situação semelhante com minha esposa, acabou o motivo principal da convivência, acabou o diálogo e ela fez coisas erradas conversando com homens nas redes, chegou a enviar fotos de langerri para para eles, fiquei nervoso e nosso relacionamento desabou. tento tirar dela, mas ela fica brava e me ameaça. não sei o que fazer

    31 de agosto de 2021 at 22:29
  • Edgar António Reply

    A sua matéria é muito interessante, preciso ajudar minha namorada.
    Ela passa boa parte do dia focada nas redes sociais, e eu gostaria muito de ajudá-la a se livrar desse vício. Sabes é muito difícil ajudar um viciado quando ela mesma não se dá conta do problema.
    Qualquer dificuldade que eu tiver vou buscar a sua ajuda novamente.

    18 de outubro de 2021 at 08:13
    • Vanessa Dockhorn Reply

      Olá Edgar
      Importante ela ser acompanhada por um profissional da saúde.
      Caso ela tenha interessa o nosso contato é: (11) 99563-8248
      Ficamos à disposição!

      1 de dezembro de 2021 at 06:34
  • Mateus Reply

    Parabéns pelo artigo, aborda questões atuais e direciona para uma possível solução.

    29 de janeiro de 2022 at 21:35
  • Leocádio André Reply

    Palavras sabias, me ajudou muito esse poste. Parabéns

    21 de maio de 2022 at 05:30
  • Jose fleury asevedo.l. Reply

    Muito bom o conteúdo pela.dra Vanessa sou palestrante nessa.area e vou usar em minha fala alguns exemplos seus lhe dando claro os referidos créditos.

    20 de junho de 2022 at 16:49

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