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Esgotamento no trabalho: veja 7 sintomas da Síndrome de Burnout

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Esgotamento no trabalho: veja 7 sintomas da Síndrome de Burnout

Segundo uma pesquisa realizada em 2018, 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, incluiu essa síndrome na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que entrará em vigor em janeiro de 2022, considerando o burnout como um “fenômeno ocupacional”.

O termo originado da língua inglesa foi criado na década de 1970, pelo psicólogo estadunidense Herbert Freudenberger, e representa a relação entre a fadiga e o desempenhar da profissão, apontando as consequências que o estresse no ambiente de trabalho causa ao trabalhador.

Afinal, quais são os sintomas da Síndrome de Burnout? A exaustão física e emocional, as dores de cabeça frequentes, as dificuldades de concentração e o estresse crônico são apenas alguns dos sinais que um profissional apresenta quando sofre dessa condição crítica. O esgotamento se torna uma constante e a sua qualidade de vida diminui drasticamente.

Para aprofundar os seus conhecimentos em relação ao assunto, preparei este artigo com os principais sintomas da Síndrome de Burnout e também explico como é feito o tratamento. Confira!

1. Exaustão, ceticismo e ineficácia

Atualmente, muitas pessoas têm dificuldades em compreender a diferença entre o burnout e os outros transtornos, como a depressão e o estresse crônico. Isso ocorre porque as psicopatologias tendem a andar de mãos dadas e podem estar associadas em função de diversos fatores psicológicos, biológicos e sociais.

Existem, no entanto, três elementos que caracterizam o burnout, diferenciando-o de outras síndromes: a exaustão, o ceticismo e a ineficácia.

Em um primeiro momento, a exaustão nada mais é do que a sensação de que o trabalhador está ultrapassando os seus limites físicos e emocionais para manejar as situações do seu ambiente ocupacional. Um dos melhores exemplos que caracteriza esse sintoma é o cansaço frequente até mesmo em contextos de férias.

Para complementar, o ceticismo traz a percepção negativa em relação às dificuldades, relacionando-se com a falta de interesse no trabalho e com a privação da preocupação com seus resultados e desempenho. É como se a pessoa não conseguisse enxergar o real motivo da sua queda de produtividade.

Por fim, a ineficácia traz à tona os sentimentos de incompetência, evidenciando as sensações de desqualificação, baixo reconhecimento e improdutividade. Dessa maneira, ela pode suscitar outras condições emocionais, como a dificuldade de concentração e a Síndrome do Impostor — quando o sujeito duvida da sua capacidade e desenvolve um medo de ser exposto como uma fraude.

2. Dificuldade de concentração

No último tópico expliquei que a dificuldade de concentração pode estar associada ao burnout e, é claro, à ineficácia. Pois é, isso acontece em função de uma característica muito comum da síndrome: o constante fluxo de pensamentos. Como você pode perceber, as convicções de quem apresenta o transtorno giram em torno do ceticismo, certo?

É justamente essa perspectiva negativa em relação à sua realidade profissional que provoca a dificuldade de concentração, sobretudo quando está associada às crenças de ineficácia e improdutividade.

Dessa maneira, o fluxo constante de pensamentos negativos provoca a alteração da sua atenção, fazendo com que você foque somente nos desafios e impasses, em vez das soluções. Consequentemente, fica muito difícil se concentrar nas atividades profissionais e de enxergar os caminhos que realmente entregam os resultados esperados.

Acontece que esse contratempo não para por aqui. Muitas pessoas que têm burnout também apresentam dificuldade de concentração na esfera pessoal. Afinal de contas, o esgotamento é tão grande que transborda o cenário ocupacional, tornando-se uma síndrome transversal, que afeta as relações familiares e sociais.

3. Fadiga crônica

Um dos sintomas da Síndrome de Burnout mais comuns é a fadiga crônica. Para compreender o que ele é e como ele atua no seu dia a dia, preciso fazer uma distinção entre o cansaço natural e o esgotamento crítico. Vamos lá!

Muitas vezes, temos dias exaustivos no trabalho e sentimos o cansaço tomar conta do nosso corpo, não é mesmo? Esse cansaço é algo natural, que ocorre com todos os trabalhadores — afinal, temos rotinas intensas que demandam uma grande energia física e psíquica para conquistarmos bons resultados. Contudo, com uma boa noite de sono e um dia de descanso conseguimos voltar à ativa e trabalhar no dia seguinte.

Para quem está sofrendo de burnout, entretanto, essa realidade não acontece: muitas pessoas acreditam que a fadiga crônica ocorre em função da falta de descanso, mas o responsável por esse sintoma é o ciclo constante de trabalho que deve ser realizado, sobretudo em condições de estresse, ansiedade e desmotivação.

Nesse sentido, ambientes ocupacionais que apresentam cobranças excessivas, metas inviáveis e uma carga massiva de trabalho facilitam o desenvolvimento do distúrbio. Como consequência, temos os quadros de esgotamento crônico, que não desaparecem nem mesmo com uma noite bem-dormida ou um fim de semana de folga.

4. Estresse

Você se lembra de que eu comentei no início do artigo que a Síndrome de Burnout muitas vezes é confundida com estresse? Isso acontece porque ele é um sintoma do distúrbio e, na maioria das vezes, aparece com frequência entre os trabalhadores das mais diversas áreas de atuação.

O estresse nada mais é do que uma reação fisiológica originada pelas circunstâncias do ambiente. Assim, situações intensas de trabalho que demandam muita energia facilitam o seu desenvolvimento — já que exige um grande esforço físico e mental para que todas as metas sejam cumpridas.

Dessa maneira, o trabalhador inicia os seus sintomas de exaustão, ceticismo e ineficácia e pode vir a desenvolver o burnout. Porém, como evitar que essa situação aconteça sem tomar medidas drásticas, como pedir demissão?

A meditação, a alimentação saudável e a prática frequente de atividade física são fatores que contribuem para o alívio do estresse e o controle desse sintoma. Todas essas atividades, quando colocadas em prática, liberam hormônios responsáveis por aliviarem as tensões no corpo e promoverem bem-estar, como a endorfina, a dopamina, a serotonina e a ocitocina.

5. Desmotivação

A desmotivação é um sintoma originado pela ineficácia, estando diretamente relacionado às sensações de incapacidade e infelicidade no trabalho. Isso acontece por um motivo preocupante: a determinação de metas inalcançáveis pela empresa ou, até mesmo, pelo próprio profissional.

Essa rotina gera o sentimento de frustração, por não conseguir crescer no ambiente de trabalho. Logo, isso evidencia a desmotivação, que surge como efeito da incapacidade de alcançar o que foi estipulado sem parâmetros realistas. Portanto, é fundamental refletir sobre as melhores formas de prevenir a Síndrome de Burnout a fim de evitar essa desmotivação — seja no seu trabalho, seja na sua vida pessoal.

6. Ansiedade

Assim como o estresse, a ansiedade pode surgir como um dos sintomas da Síndrome de Burnout. Isso porque o constante fluxo de pensamentos ocasionados pela patologia provoca uma antecipação das atividades do trabalho, fazendo com que o trabalhador oriente toda a sua energia produtiva para o futuro.

Como resultado, as sensações ligadas à ansiedade surgem com muita facilidade: as mãos começam a suar de maneira espontânea, o coração tende a aumentar a sua frequência cardíaca e o pensamento não para até encontrar uma solução para determinado problema.

Como é possível resolver essa situação? Além da psicoterapia, a prática constante de atividade física auxilia no tratamento da Síndrome de Burnout, estimulando os sinais neuronais que liberam endorfina e serotonina no seu corpo.

Assim, sentimos como se liberássemos as tensões ocasionadas pela pressão no trabalho, pela síndrome e pela ansiedade, abrindo espaço para o bem-estar e pela redução das preocupações futuras.

7. Problemas no sono

Com todos os outros sintomas em mente, não é difícil compreender que a Síndrome de Burnout também provoca alterações na qualidade de sono, não é verdade? Com os níveis de estresse e ansiedade elevados — sobretudo associados à desmotivação — mantemos um alto fluxo de pensamentos que demanda uma grande energia psíquica.

Dessa maneira, utilizamos todos os nossos recursos mentais (pensamentos e emoções) para tentar manejar as situações de estresse, sobrecarregando o nosso sistema psíquico.

Qual é a consequência de tudo isso? Ou a insônia surge em função da dificuldade de diminuir os sintomas da ansiedade, ou o sono excessivo aparece para combater os sinais do estresse e da fadiga crônica. Isso faz com que a sua qualidade de adormecimento saudável caia drasticamente, alterando outros padrões do seu ciclo circadiano que impactam no funcionamento do seu organismo.

Como é feito o tratamento da Síndrome de Burnout?

Durante a explicação dos sintomas, pontuei algumas ações que ajudam a minimizar os problemas relacionados ao burnout. Porém, vale a pena ressaltar que essa síndrome é contornável e existem tratamentos adequados, que ajudam a pessoa a reencontrar seu equilíbrio no ambiente ocupacional.

A Terapia Cognitiva Comportamental, por exemplo, é uma das melhores formas para evitar que o problema surja. Por meio dessa abordagem de psicoterapia, você buscará ferramentas psíquicas a fim de enfrentar a ansiedade e o estresse e, por consequência, aprimorar o seu sono.

O tratamento, na maioria das vezes, combina terapias orientadas por um psicólogo ou psiquiatra com medicamentos — devidamente receitados para cada quadro clínico. A maioria dos pacientes, inclusive, conseguem apresentar resultados positivos do primeiro ao terceiro mês.

Todavia, é na terapia que a pessoa vai obter os maiores ganhos em relação ao combate do estresse, da ansiedade, da fadiga e de todos os problemas resultantes dessa síndrome adquirida no ambiente de trabalho. O profissional qualificado será capaz de guiar o paciente para uma nova configuração de sua rotina, prioridades e outros aspectos.

Como você já deve ter percebido, esse distúrbio é complexo e demanda o auxílio de um bom profissional para aliviar os sintomas da Síndrome de Burnout e proporcionar melhor qualidade de vida. Por isso é que uma das melhores intervenções é a Terapia Cognitiva Comportamental — ela permite com o auxilio de técnicas o desenvolvimento de ferramentas, de modo que você aprenda a manejar as situações de esgotamento de forma saudável.

Como evitar e se prevenir do Burnout?

Se existem estratégias que permitem a prevenção da síndrome por que não as realizar no dia a dia? Você há de concordar comigo que isso garante a construção de um ambiente saudável de trabalho e melhora a sua qualidade de vida. Além do mais, quando nos prevenimos, estamos nos poupando de passar pelo problema e de buscar tratamentos para nos livrar do burnout, certo?

Você deve ter notado que essa síndrome afeta não só o contexto profissional, mas a vida pessoal do indivíduo, porque todas as variáveis estão conectadas e o excesso de trabalho extrapola os limites das relações sociais. Então, não deixe com que o ceticismo impeça de enxergar os primeiros sinais de esgotamento.

Se você está trabalhando mais horas do que o normal, se chega em casa com cansaço elevado e irritabilidade fora do comum ou se não consegue se sentir descansado nem mesmo após um dia de folga, é bom começar a rever suas prioridades e buscar ajuda, se necessário.

Então, quais são as principais estratégias de prevenção? A primeira delas é definir os seus objetivos e descobrir quais são os passos que permitem alcançá-los. Você também pode — e deve — participar de atividades de lazer com seus amigos, investindo em práticas que não são da sua rotina diária e que não estão relacionadas diretamente com a sua profissão.

A Síndrome de Burnout ainda não é classificada como uma doença pela OMS, mas, ao fazer parte da CID-11 (que citei lá no início do artigo), já se configura como uma síndrome séria, que merece mais atenção e visibilidade. Por isso, vale a pena se policiar, observar seu ambiente de trabalho e descobrir se a sua ocupação atual está fazendo mais mal do que bem, combinado?

O que achou deste artigo? Se você ficou com alguma dúvida em relação aos sintomas do burnout, entre em contato e vamos conversar!

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